A Doce Ilusão das Palavras Aparentes e dos “Bons Conselhos”


Não existe nada mais passageiro e espúrio, do que palavras aparentes e decisões sem fundamentos. Não existe nada mais ilusório do que amigos de ocasiões e conselhos cheios de razões, quando se querem achar razões e respostas para as nossas decisões.
Mas tudo isso é tão sólido como uma montanha de farelos de milho, que num primeiro bafo da natureza, desmorona por completo e se torna um deserto existencial na vida e na alma, espalhando sujeira para todos os lados.
Quando um conflito se inicia, uma sucessão de acontecimentos se torna real, trazendo “realidades e certezas” para um mundo aparente:
Numa hora dessas aparecem amigos cheios de razões;
Numa hora dessas aparecem conselhos recheados de certezas;
Numa hora dessas aparecem gente com certezas absolutas: “Viu, não falei, eu sabia”;
Numa hora dessas tudo o que foi feito de bom, até então, perde-se o valor instantaneamente;
Numa hora dessas os pequenos erros tomam dimensões de Tsunamis;
Numa hora dessas qualquer gesto se torna uma ameaça.
Nada é mais canceroso do que se achar acima do bem e do mal e julgar ter certezas absolutas para tudo e resposta para todas as questões: Isso é doentio.
Aprendi e ainda aprendo com a vida, que quando queremos justificar nossas atitudes, encontraremos razões para tudo e sempre olharemos o nosso próximo com olhar de repreensão, esquecendo-se o bem que aquela pessoa já nos fez anteriormente.
Aprendi e ainda aprendo com a vida, que quando queremos justificar nossas atitudes, sempre acharemos motivos para justificar nossas decisões, esquecendo-se, porém que o maior dos motivos para ainda estarmos vivos e respirando, sempre é deixado de lado numa hora dessas: O Amor.
Amar é suportar;
Amar é compreender a fragilidade do outro;
Amar é ajudar no crescimento;
Amar é viver sem cobranças ou agressões;
Amar é cuidar da língua;
Amar é recomeçar;
Amar é perdoar e perdoar é deixar o outro nascer de novo na sua própria história, sem as memórias que um dia fizeram dele, uma desagradável lembrança.
Amar acima de tudo é compreender que numa guerra, num conflito, num momento acalorado de uma discussão, ninguém passa a ter razão e que numa guerra não existem vencedores e nem vencidos: Todos são derrotados e todos saem perdendo.
Por isso, muito cuidado com as certezas que te impulsionam em “favor da verdade”, pois conselho que separa, espalha, porém conselho que ajunta, constrói.
Por isso, muito cuidado com conselhos que satisfazem momentaneamente seu ego, pois esses conselhos se perdem com o passar do tempo e os “amigos” cheios de certezas absolutas, desaparecem quando a “coisa aperta”.
Os verdadeiros amigos não são aqueles que quando têm tempo para você, vão lá te atender e oferecer um ombro amigo. Esses não são verdadeiros amigos, são amigos de ocasiões. Os verdadeiros amigos são aqueles que largam tudo, suas vidas, seus momentos, para ir ao teu encontro e chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram. Os verdadeiros amigos são aqueles, que na impossibilidade de ir ao teu encontro, mandam outros, te ligam, choram com você, enfim, demonstram sentimentos e não o gelo da indiferença e nem tão pouco usam de argumentos espúrios para não te atender: “poxa não deu; poxa minha faculdade está apertada; poxa, meu trabalho me impede de ir ai te ver; poxa, que chato, mas tô contigo ok?”.
Os verdadeiros amigos são aqueles que não só te dizem “sim” e nem tão pouco só te dão razões nas suas questões, mas os verdadeiros amigos são aqueles que te dizem: “Você errou, você vacilou, mas que bom que você reconheceu seu erro e está caminhando para consertá-lo”.
Os verdadeiros amigos são aqueles que estão ao teu lado dizendo: “Não cuspa no prato que comeu, pois amanhã essa ainda pode ser o teu almoço”.
E para terminar, lembre-se de algumas coisas:
Errar e ofender é profundamente “normal e compreensível” (Entre Aspas) quando se está nervoso no calor de uma discussão. Nesses momentos, dizemos coisas sem pensar e erramos no agir. Não deveríamos ser assim, mas se isso ocorre, é compreensível pelo aflorar das emoções.
Agora errar quando aparentemente se está “calmo e feliz” é demonstração pública de doença na alma e desequilíbrio das emoções.
Ofender quando se diz que está tudo bem, é demonstração clara de que nada está bem.
Você pode enganar a todos, você pode enganar até a você mesmo, afirmando que você está bem, feliz, vivo, vivendo bem e melhor do que antes, mas na verdade, nada está bem e essa crise existencial uma hora vai te derrubar.
Quando você precisar botar o pé no chão e procurar um terreno sólido para caminhar, você não vai achar, pois vai perceber que “os bons conselhos dos grandes amigos” te fizeram caminhar na direção de um terreno de areia movediça, e ali você vai afundar lentamente, e os “amigos” não estarão ao teu lado para te estender a mão, quando a realidade das tuas “razões” desmoronar e te fazer afundar.
Nesse momento você vai perceber que ficou e está sozinho, pois os seus “amigos” não vão querer alimentar-se das  próprias derrotas.
Pare & Pense. Reflita & Medite. Conserte & Recomece.
Léo
18/05/2011 – 04:51am
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“Texto Dedicado aos meus Amigos Tiaguinho, Paty, seus pais e ao Pr. Leley, que compreendem as minhas fraquesas, ressaltam as minhas virtudes e andam comigo em todo o tempo.”
*************************** SEM PALAVRAS PARA AGRADECER ESTA AULA DE SUPERAÇAO, DEUS TE ABENÇOE LEO,QUE PALAVRA FORTE......(pr arilei matos,"pr. leley"  )